sábado, 13 de agosto de 2016

 Em cima ou Encima

Em cima ou Encima? Escrever errado pode te causar um constrangimento…
Errado: O pote estava encima da geladeira.
Correto: O pote estava em cima da geladeira.
Explicação: A palavra encima vem do verbo “encimar” (pois é, existe um verbo com esse nome) conjugado na 3ª pessoa do singular do indicativo ou na 2ª pessoa do singular do imperativo. Significa alçar, elevar, arrematar.
Exemplos: O boné encima a cabeça do rapaz. / O professor foi encimado presidente do grupo docente.
Em cima, escrito de forma separada, transmite a ideia de que algo está em um lugar mais alto de que outro, ou seja, numa posição mais elevada. O seu contrário vem a seguir.
21. Embaixo ou Em baixo
Embaixo ou em baixo? Junto ou separado?
Errado: A caixa estava em baixo da cama.
Correto: A caixa estava embaixo da cama.
Explicação: Devemos utilizar o advérbio embaixo sempre que quisermos transmitir uma ideia de posição de inferioridade: abaixo, debaixo, inferiormente.
A expressão em baixo, escrita de forma separada, existe, mas é usada apenas quando a palavra baixo assume a função de um adjetivo, caracterizando algo.
Exemplos: Aquela é a maior escultura do mundo em baixo relevo./ Ele pediu para falarmos em baixo tom de voz.
Dica: Para decorar a ortografia das palavras em cima e embaixo, use seus dedos! Sim, faça um “V” com eles e se lembre que “em cima” é separado, como seus dedos de cima estão, e “embaixo” é junto, como seus dedos de baixo estão.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015



Qual é a abreviatura de mestre e de doutor?

Diariamente encontramos a abreviatura de mestre e de doutor em cartões de visitas, assinaturas de e-mails, cartazes e certificados de palestras, slides de apresentações, atas de defesa, ofícios e em vários outros tipos de documentos. E em todos esses casos, a abreviatura de mestre ou de doutor está presente nas mais diversas variações.

A abreviatura de mestre, por exemplo, pode ser encontrado por aí como “Me.”, “Ms.”, “MSc.” ou “M.e”. As abreviaturas (ou reduções) podem ser definidas como a representação de uma palavra por meio de suas sílabas (geralmente iniciais) ou de letras, ou seja, são frações de palavras que designam os vocábulos todos.

As abreviaturas utilizadas na língua revelam o ritmo acelerado da vida moderna, que faz com que se economizem palavras e tempo, mediante uma comunicação mais rápida, que reduz frases, expressões e palavras. Antes de entrar no mérito das diferentes formas de abreviatura para títulos acadêmicos, é preciso que você conheça o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, ou VOLP, para os íntimos.

O VOLP é editado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), entidade que tem delegação legal para listar oficialmente os vocábulos existentes em português, bem como fornecer seu gênero, grafia e modo de pronúncia. Pois no VOLP existe uma seção de reduções mais recorrentes, em que é possível encontrar as seguintes abreviaturas:
M.e – mestre
M.a – mestra
Ms. – manuscrito
MS. – manuscrito
D.r – doutor
Drs. – doutores
D.ra – doutora
Dr.as – doutoras
Observe que segundo a Academia Brasileira de Letras, “Ms.” ou “MS.” são abreviaturas de “manuscrito”. Entretanto, sempre achei as formas “M.e” e “D.r” um tanto quanto estranhas, para não dizer esteticamente intragáveis.

Outras versões de abreviatura de mestre ou de doutor
A PUC do RS possui um manual de redação disponível online, que também possui uma seção de abreviaturas, em que é possível encontrar:
Me ou Me. – mestre
Ma ou Ma. – mestra
D.r ou Dr. – doutor
D.rs ou Drs. – doutores
D.ra ou Dra. – doutora
D.ras ou Dras. – doutoras
De onde vem então o “MSc.” E o “PhD.”?
A Academia Brasileira de Letras apresenta no VOLP as reduções das palavras em latim Scientiae Magister e Philosophiae Doctor como:
Sc.M.–Scientiae Magister(mestre de/em ciência)
Ph.D. – Philosophiae Doctor (doutor de/em filosofia)
Entretanto, a confusão aqui reside no fato de que “MSc.” é a abreviação de “Master of Science” (mestre em ciências) e que “PhD.” é a redução de “Philosophy Doctor” (doutor em filosofia), que são as abreviaturas e títulos conferidos aos que concluem, respectivamente, os cursos de mestrado e doutorado, em diversas áreas, em países de língua inglesa.

E se eu tenho um pós-doutorado?
Se você concluiu o pós-doutorado, parabéns! Mas pós-doutorado não é um curso e não te dá um título, apesar de muitos erroneamente pensarem isso.
Pós-doutor não existe. Quem tem um pós-doutorado é, na verdade, ainda um doutor. E irá utilizar na frente de seu nome a abreviação de doutor.

terça-feira, 15 de setembro de 2015



Palavras homófonas são aquelas que têm a mesma pronúncia mas que diferem na maneira como se escrevem e no seu significado.


Apreçar - avaliar ou estimar o preço de. Exemplo: Há concursos televisivos em que os concorrentes têm de apreçar certos produtos à venda no mercado, como eletrodomésticos.
Apressar - dar pressa a. Exemplo: Tive de apressar o meu amigo, para não perdermos o comboio das cinco.

Ceara - Pretérito Mais-Que-Perfeito do verbo cear, equivalente à forma composta "tinha ceado". Exemplo: Naquela noite, Jacinto ceara mais tarde do que o habitual.
Seara - extensão de cereal cultivado no campo. Exemplo: As searas de trigo brilhavam ao sol.

Caçar - perseguir alguém ou alguma coisa com a intenção de o/a apanhar e/ou matar. Exemplo: Caçar animais em risco de extinção é uma falta de respeito pela natureza.
Cassar - anular ou apreender uma licença. Exemplo: A Polícia pode cassar a tua carta de condução, se fores apanhado a cometer uma infracção.

Pontoar - marcar ou coser com pontos. Exemplo: Vou usar linha amarela para pontoar a gola da blusa.
Pontuar - colocar sinais de pontuação em; marcar pontos (numa competição). Exemplo: Fizemos um exercício em que era necessário pontuar um breve texto.

Sediar - estabelecer sede. Exemplo: A empresa, sediada em Lisboa, tem sucursais por todo o país.
Sedear - limpar (normalmente peças de ourivesaria) com escova de sedas. Exemplo: Depois de arrumares esses colares, podes sedear os anéis que estão nesta caixa.
Semântica
Escrita
Pronúncia
Significação
igual
diferente
diferente
Homófonos
diferente
igual
diferente
igual
igual
diferente
semelhante
semelhante
diferente
diferente
diferente
igual ou semelhante
diferente
diferente
oposto






domingo, 26 de julho de 2015


Continuando com as dicas de Literatura para a prova do ENEM.
Não há leituras obrigatórias, mas ler bastante é indispensável. Atenção para o século XX.
A literatura brasileira do século 20 predomina na prova. Divida seu tempo em modernismo de 22 (1ª geração), 30 (2ª geração) e 45 (3ª geração). Em cada geração, se destacaram autores que pavimentaram a literatura brasileira, como Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Graciliano Ramos, Vinícius de Moraes, Erico Verissimo, Jorge Amado, Clarice Lispector, etc.
VEJA OS AUTORES QUE MAIS SÃO LEMBRADOS NA PROVA DO ENEM.
É sempre legal ter uma visão bem panorâmica da história da literatura brasileira, mas o século 20, a partir do modernismo, sempre cai em uma ou duas questões. O escritor mais lembrado nas provas do Enem é Carlos Drummond de Andrade, um dos estandartes da geração de 30.
Carlos Drummond de Andrade                                   
Drummond é o nome mais importante da poesia brasileira no século XX. "A variedade temática de sua obra, que abraça das inquietudes humanas ao nacionalismo crítico, e a habilidade no uso de diversas técnicas de estruturação do poema garantem a ele destaque em qualquer avaliação”.
Machado de Assis
Machado é o nosso mais importante escritor de prosa. "A linguagem sugestiva, com claro apelo à ironia, e as suas inovações técnicas e temáticas em relação às produções da época (final do século XIX) são itens sempre presentes em boas provas”.

CLARICE Lispector

Clarice é o próprio Modernismo na prosa: "Dona de uma técnica narrativa singular, o lirismo de suas construções e a profundidade dos seus personagens permitem que se avalie a capacidade de compreensão do candidato e sua maturidade para absorção de leituras mais sofisticadas".
Oswald de Andrade
Talvez ele seja o mais radical dos escritores da primeira fase do movimento modernista (1922-1930). "É muito comum haver questões sobre as inovações promovidas em suas obras, além de comparações entre suas produções e outras, mais tradicionais”.
Cecília Meireles
A grandiosidade de sua obra mais típica, capaz de traduzir com singeleza as mais duras fragilidades da condição humana, numa linguagem musical. "É importante lembrar que ela também escreveu obras como 'Romanceiro da Inconfidência', em que um fato da História nacional permite grandes reflexões sobre nossa gente".


Rubem Braga
É o grande nome da crônica brasileira. "Seus textos abordam temas cotidianos sob uma perspectiva singular, numa linguagem ao mesmo tempo doce e impactante. Sua capacidade de fazer parecer simples algo tão complexo faz com que ele seja um dos autores mais cobrados em provas”.
José de Alencar
Trata-se de um autor que buscou mostrar, numa perspectiva romântica (sentimental, idealizada), o Brasil para os brasileiros. "Seus romances constituem um grande painel da nossa variedade linguística, da nossa cultura popular, da nossa fauna, da nossa flora e dos nossos tipos humanos”.
Graciliano Ramos
Principal nome do “Romance Social Nordestino”, foi o escritor do povo marginalizado pela seca e, principalmente, pelo sistema social, político e econômico vigente. "O alto grau de psicologismo da sua obra permite que nos identifiquemos com os dramas narrados e que tornemos universais questões regionais".
João Cabral de Melo Neto
É um autor peculiar da nossa literatura. "Utilizando procedimentos tradicionalistas na estruturação do poema, ele consegue trabalhar seus temas com abordagens inovadoras, sendo contido e racional até mesmo para tratar de temas sociais ou sentimentais. Essa junção de fatores dá margem à elaboração de muitas questões de prova".
Álvares de Azevedo
É o mais romântico dos nossos poetas românticos. "Nele, encontram-se exageradas todas as características típicas desse estilo. Curioso é que, em muitos poemas, ele subverte as expectativas e zomba de suas próprias convicções poéticas. Seja em textos típicos ou atípicos, é um autor a ser recordado para o Enem".

Dicas para encarar a prova de literatura do Enem
O Enem enxerga as artes como um processo mais amplo e entra nas artes plásticas e na música. O aluno tem de ser um bom leitor de textos em todos os formatos, mas a primeira coisa é ter conhecimento da história da literatura brasileira como um todo. O Enem pega tanto textos mais modernos, que se parecem mais com a nossa linguagem atual, quanto textos de jornais, poesia e canções populares, A Literatura no Enem compreende a articulação entre os recursos expressivos e estruturais do texto literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção.
Literatura você primeiramente precisa se conscientizar de que ela, assim como toda arte, é uma transfiguração do real, isto é, a realidade recriada por meio do espírito do artista vivendo em seu tempo.

Sendo assim, o artista, de acordo com sua ideologia, submetido a um contexto histórico, político e social, realiza um trabalho especial, cuja matéria-prima é a própria palavra. Dessa forma, torna-se evidente que em todo esse “manejo” predomina tão somente a função poética da linguagem, na qual a intenção do emissor, no caso o artista, é voltada para a própria mensagem, seja na estrutura ou na seleção e combinação das palavras, de forma a atingir plenamente seu objetivo “artístico”.


Com base nesses pressupostos, você terá condições de entender alguns dos objetivos referentes ao processo pelo qual irá passar, uma vez que é esperado que o aluno demonstre seus conhecimentos relacionados ao campo da Literatura, tendo em vista a capacidade de:

- Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.

- Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

- Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.

Torna-se importante ressaltar que tais objetivos estão intrinsecamente relacionados ao objetivo maior do Exame Nacional do Ensino Médio, que é – em vez de conduzi-lo a memorizações mecanicistas de conceitos – fazer com que você entenda acerca da aplicação dos termos e suas funções na língua. 










domingo, 19 de julho de 2015

Aprenda a fazer a redação do Enem passo a passo

O formato de redação escolhido pela grande parte dos vestibulares, inclusive pelo Enem, é a dissertação-argumentativa. Esse gênero textual possibilita que o estudante construa uma tese inicial e a defenda diferentes pontos de vista ao longo do texto. Separamos aqui algumas dicas para você construir um bom texto. Confira!


1º) Veja o tema de redação e faça uma leitura cuidadosa da prova - Essa é a principal dica e vai influenciar todo o seu desempenho. Leia e releia a proposta e os textos de apoio. Dê uma lida também nas questões da prova. Pode ser que alguma informação ajude no tema da redação. Atenção: essa etapa é essencial para que você não fuja do tema.

2º) Elabore o projeto de texto e escolha uma tese - Esse é o momento em que você deve escolher a sua abordagem e os argumentos que usará para defender sua tese. Separe as ideias principais sobre o assunto em um rascunho. Na tese, escolha um tema que você domine para argumentar e expor o seu ponto de vista.

3º) Faça a primeira versão do texto - Nessa etapa do rascunho, preocupe-se com o conteúdo e não com a gramática. Foque sua atenção para organizar os argumentos da melhor forma. As ideias devem fazer sentido e devem estar ligadas entre si. Um texto bem amarrado valoriza a sua argumentação e fará com que o corretor não se sinta confuso ao lê-lo.

Lembre-se da estrutura básica da dissertação-argumentativa
Introdução
Apresente o tema e o recorte que você fará dele. Evite fazer rodeios. É recomendável que a tese seja exposta para direcionar a leitura e mostrar sua linha de raciocínio. Lembre-se de que na dissertação seus argumentos devem ser usados para convencer quem estiver lendo.
Desenvolvimento
Defenda a sua tese apresentando ideias que a justifiquem, de forma consistente, e apresente seus argumentos. Essa parte é importante, por isso coloque tudo da forma mais clara possível para que o leitor compreenda seu ponto de vista. Para deixar organizado, uma dica é reservar um parágrafo para cada argumento, analisando todos os aspectos que você quer abordar.
Conclusão
Retome as ideias expostas na introdução, junto com os principais argumentos que a justificam para confirmar a tese e encerrar o debate. Diferente das outras redações, no Enem é nessa parte que você deve propor a solução ao problema, a partir dos pontos já levantados durante sua redação.
4º) Revise o texto: Agora é hora de corrigir a gramática e encontrar outros errinhos na sua redação. Caso tenha dúvida na grafia de alguma palavra, tente substituir por outra expressão. Preste atenção se não existe alguma frase sem sentido perdida pelo texto e avalie se há coerência entre as ideias.

5º) Passe o texto a limpo: Finalmente, essa é a última etapa da redação. Por isso a importância de preparar seu texto em um rascunho. Respeite o limite de linhas e não coloque informações fora da área de correção.


Pronto! Agora é só entregar a prova e esperar pelo resultado positivo.